20/12/2013

Alimentação da gestante durante o verão: como deve ser?


Olá leitores e leitoras do blog enfermãe!!!

Hoje vamos falar um pouquinho sobre a alimentação das gestante durante o verão, já que ele já está aí junto com as festas de final de ano...

No verão as coisas ficam um pouquinho mais difíceis para as gestantes, o calor costuma provocar bastante mal estar, principalmente quando a grávida não está se alimentando e hidratando-se adequadamente.

A pressão baixa, que provoca muito mal estar e até desmaios, acontece bastante no verão devido o calor, e mais ainda no final da gestação.


É verdade que as frutas e verduras são essenciais, devido sua riqueza e baixa caloria. Elas não devem ser descartadas em nenhuma fase. Eles são importante para você e seu bebê. E durante o verão é a época de algumas frutas muito suculentas, que são ainda mais interessantes, devido a quantidade de água que possuem, o que ajuda também na hidratação.

Mas a aguinha das frutas não é o suficiente, a gestante precisa e deve ingerir muito líquido, devido a perda através da urina, do suor e também para o bebê. Além de ajudar as veias ficarem bem cheias de sangue o que evita a pressão baixa, muito frequente na gravidez e no verão.


Mas não só de fruta e verdura vive a gestante, outros tipos de alimentos também devem ser ingeridos. Inclusive alimentos salgados ajudam também a diminuir a incidência de pressão baixa.

Sombra é o que a gestante deve sempre procurar, tanto na rua, quanto na praia (embaixo do sombreiro e com chapéu com abas).

Outra dica é: ficar no AR CONDICIONADO, se tiver em casa ou nos shoppings...

Não esqueça também de NÃO COMER POR DOIS, a gestante deve sempre alimentar-se adequadamente, com controle do peso, pois o aumento do peso pode causar doenças seríimas e prejudicar o bebezinho que está ali dentro.



Segue algumas dicas importantes de alimentos para esta fase:

FERRO: encontrado em carnes, fígado, ovos, feijão e verduras (espinafre, por exemplo). Para melhor absorção do ferro pelo organismo, consuma na mesma refeição alimentos ricos em vitamina C, como frutas cítricas e tomate, e evite alimentos ricos em cálcio, como leite e seus derivados, que diminuem a absorção.

ÁCIDO FÓLICO: encontrado em vegetais verde escuros (espinafre, couve, brócolis), cereais e frutas cítricas. O cozimento pelo microondas e altas temperaturas destroem o ácido fólico. Prefira cozinhar no vapor. Já a partir do segundo trimestre de gestação, é hora de se reforçar a ingestão de vitaminas C (age na formação do colágeno – pele, vasos sanguíneos, ossos e cartilagem, além de fortalecer o sistema imunológico da mamãe) e B6 (importante para o crescimento e o ganho de peso do feto e a prevenção da depressão pós-parto) e do mineral e magnésio (favorece a formação e o crescimento dos tecidos do corpo).

VITAMINA C: encontrada nas frutas como kiwi, laranja, morango, melão, melancia, mamão, abacaxi e nas hortaliça (brócolis, pimentões, tomate, couve-flor).

B6: encontrada no trigo, milho, fígado, frango, peixe, leite e derivados, leveduras

MAGNÉSIO: encontrada nas nozes, soja, cacau, frutos do mar, cereais integrais, feijões e ervilhas.

O cálcio e a vitamina D devem ser reforçados no terceiro trimestre, já que o bebê começa a esgotar a reserva da mamãe. O bebê precisa para a sua formação óssea (dentes e ossos). Além disso, auxilia na contração muscular e batimentos cardíacos. Já a mamãe precisa para manter as unhas fortes, os dentes sem cáries, evitar gengivite e câimbras, além de ajudar na produção de leite após o parto.

CÁLCIO: encontrado em leites e derivados, bebidas de soja, tofu, gema de ovo e cereais integrais.

VITAMINA D: encontrada em leite enriquecido, manteiga, ovos e fígado. O banho de sol é essencial para que essa vitamina auxilie na fixação do cálcio nos ossos.

Esses não são os únicos nutrientes que mamãe e bebê precisam durante toda a gravidez. Outros importantes são:

CARBOIDRATOS: fornecem energia para a mamãe e para o desenvolvimento do bebê. Os melhores são os integrais: arroz, pães, macarrão e cereais que são absorvidos mais lentamente e por isso saciam mais a mamãe.

PROTEÍNAS: encontradas em carnes, feijão, leite e derivados. São responsáveis por construir, manter e renovar os tecidos de mamãe e bebê.

LIPÍDEOS: são as gorduras que auxiliam na formação do sistema nervoso central do feto. Encontrados mais em carnes, leite e derivados, abacate, azeite e salmão.

VITAMINA A: ajuda no desenvolvimento celular e ósseo e a formação do broto dentário do feto e na imunidade da gestante. É encontrada no leite e derivados, gema de ovo, fígado, laranja, mamão, couve e vegetais amarelos.

NIACINA (VITAMINA B3): transforma a glicose em energia, mantendo a vitalidade das células maternas e fetais e estimula o desenvolvimento cerebral do feto. É encontrada em verduras, legumes, gema de ovo, carne magra, leite e derivados.

TIAMINA (B1): também estimula o metabolismo energético da mamãe. É encontrada em carnes, cereais integrais, frutas, ovos, legumes e leveduras.


DICA DE OURO:

A gestante deve se alimentar DE TUDO UM POUCO!!!
NADA EM EXAGERO É BOM!!!
E nunca esquecer dos líquidos!!!


É isso aí pessoal...
Façam um ótimo final de ano, ótimas festas e ótimas férias!!!
Beijinhos e até a próxima...

 



19/12/2013

A importância do pré-natal.


Olá leitores e leitoras do blog enfermãe!!!

Vocês sabiam que, por incrível que pareça, não são todas as mulheres grávidas que fazem pré-natal? Ou mesmo deixam pra procurar assistência de saúde somente no final da gestação?

E não são só as mulheres com baixa escolaridade, ou com situação sócio-econômica inferior, são mesmo as mulheres que não dão a devida importância para o acompanhamento desde o início da gestação...


Porque então que o pré-natal é tão importante?
Porque ele irá garantir que a mulher tenha uma gestação saudável e segura, tanto para a mamãe, quanto ao bebê!
Quando algum tipo de problema é detectado precocemente aumentam-se as chances de resolvê-lo.
Além daquele velho e bom ditado: melhor prevenir do que remediar!!!

Como que se faz para detectar os qualquer tipo de problema durante a gestação?
Durante o acompanhamento a gestante responde a perguntas importantes, faz alguns exames clínicos e laboratoriais, além de ultrassons. Onde enfermeiros, médicos, dentistas, dentre outros profissionais, irão observá-la e orientá-la conforme o período gestacional e suas necessidades.


Qual a quantidade de vezes ideal para realizar o pré-natal?
No mínimo 1 vez ao mês até o final do 7º mês, depois a cada 15 dias no 8º mês e semanal no 9º mês.

Quais são as opções de pré-natal?
Você pode fazer pelo plano de saúde que você já possui, particular (pagando por consulta e procedimento) ou pelo SUS gratuitamente (procurando o posto de saúde mais próximo de sua casa).

Então não perca tempo: descobriu que está grávida, corra para marcar sua primeira consulta!!


E comece a tomar os devidos cuidados com você e com seu bebê!!!


É isso aí pessoal... Beijinhos e até a próxima...


"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus." 2 Coríntios 1:3,4

17/12/2013

Grávida???


Olá leitores e leitoras do blog enfermãe!!!

Hoje venho trazer conhecimentos para vocês acerca do DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO!!!


Na vida da mulher, o diagnóstico da gestação é aquele que provoca as maiores emoções: desde alegria e bem estar intensos até a tristeza profunda e sensação de desamparo. 

É uma explosão de sentimentos, mil coisas passam pelas nossas cabeças e a sensação de que as nossas vidas nunca mais serão as mesmas!!!



O não reconhecimento da gestação freqüentemente leva a diagnósticos e tratamentos inadequados.


Estou grávida!!! Confirmado o diagnóstico a gestante deverá iniciar o pré-natal e possíveis agentes maléficos ao binômio mãe-feto serão afastados (medicações, ingestão de bebidas alcoólicas, o fumo, manipulação de alguns produtos químicos, etc.)


O atraso menstrual é o achado que mais freqüentemente levanta a suspeita de gestação. A ausência da menstruação prevista é o primeiro indício de que possa haver a concepção. Entretanto, pacientes com menstruações irregulares, muitas vezes só suspeitam de gestação quando aparecem outros sintomas como náuseas e vômitos, aumento do volume e dolorimento das mamas, aumento da freqüência urinária, aumento de peso, aumento do volume abdominal e, mais tardiamente, com a sensação dos movimentos fetais.


Ao exame da mulher com atraso menstrual alguns sinais são altamente sugestivos de gestação: aumento do volume uterino e amolecimento do útero ao exame de toque.

Quando existir suspeita clínica de gestação, solicitam-se provas laboratoriais que detectam a gravidez, como a gonadotrofina coriônica humana (hCG), ou seja, o teste de gravidez de sangue ou de laboratório.

Todos os testes de gravidez utilizados visam identificar a gonadotrofina coriônica humana (hCG) produzida logo após a fecundação e implantação do óvulo ao útero. A determinação deste exame, na urina ou no sangue, é a forma mais utilizada para o diagnóstico precoce da gestação. A produção de hCG é o sinal que o embrião lança na circulação para que o organismo materno reconheça a gestação.

Os níveis de hCG na gestação normal podem ser dosados pouco tempo após a implantação, aumentam pelo menos 66% a cada 48 horas, alcançando o pico máximo entre 50 e 75 dias de gestação. No segundo e terceiro trimestre da gestação os níveis são mais baixos. A presença de gonadotrofina coriônica na circulação torna o diagnóstico de gestação muito provável, entretanto o diagnóstico de certeza necessita de algum dos três sinais positivos de gestação: 

Os batimentos cardíacos fetais podem ser identificados por um aparelho chamado sonar a partir de 10 a 12 semanas de gestação e com o estetoscópio com 17 a 19 semanas. Deve-se ter cuidado à ausculta para não confundir os BCF com a pulsação materna. Os BCF estão entre 120 e 160 batimentos por minuto e a freqüência cardíaca materna é bem inferior.




Após a 20ª semana de gestação os movimentos fetais podem ser sentidos pelo examinador que coloca a mão sobre o útero materno. Quando a gestante for obesa a percepção dos movimentos fetais é mais tardia.


A identificação do feto pode ser realizada por ecografia via transvaginal ( a partir da 6ª semana de gestação) ou via abdominal (a partir da 8ª semana de gestação). Antes da existência da ecografia, a visualização fetal só podia ser realizada a partir da 16ª semana de gestação através do Rx quando ocorre a calcificação do esqueleto fetal.
A ecografia transvaginal (ultrassom) é muito utilizada para o diagnóstico precoce da gestação, bem como de suas anormalidades.

O diagnóstico de gestação não é difícil de ser confirmado, depende fundamentalmente do médico e da paciente cogitarem a possibilidade. É comum nos depararmos com pacientes que realizaram investigação do trato gastrointestinal por intolerância alimentar, náuseas e vômitos quando na realidade estes sintomas estavam relacionados a uma gestação inicial que não foi cogitada.

O diagnóstico diferencial de gestação deve ser realizado sempre que alguns sinais e sintomas clínicos estiverem presentes: quase todos os distúrbios menstruais, sintomas gastrointestinais - dores abdominais, cólicas, náuseas, vômitos, inapetência ou aumento do apetite, intolerância a alguns alimentos -, aumento da necessidade de sono, distúrbios do humor, aumento ou diminuição de peso, aumento do volume abdominal, hipersensibilidade mamária, dores abdominais e pélvicas, corrimento vaginal, aumento da freqüência urinária, noctúria, etc.

Na maioria das situações, a anamnese, realizada com interesse e atenção, e o exame clínico-ginecológico cuidadoso excluem ou confirmam o diagnóstico de gestação. Entretanto, sempre que houver dúvida diagnóstica, a dosagem do hCG e/ou a realização da ecografia transvaginal não deverá ser prescindida.

Vale lembrar que testes de farmácia ou de laboratório podem dar um FALSO NEGATIVO, ou seja, podem dar negativo e mesmo assim ser positivo, isso acontece no início da gestação, quando a quantidade de hcg não é suficiente para a detecção do exame, por isso é importante que o teste seja 30 dias ou mais da data da concepção (relação sexual que provocou a gravidez).

E não existe um FALSO POSITIVO,  pois a mulher só tem hcg no corpo dela quando existe uma gravidez!!!

Agora, se deu POSITIVO, é só festejar!!! Uma vida nova esta começando!!! Que precisa de muito amor e dedicação!!! Faça o possível para que o bebê cresça saudável e feliz!!!


Procure um profissional de saúde e comece o mais cedo possível o seu pré-natal!!!




É isso aí pessoal... Beijinhos e até a próxima... 



"Todo caminho do homem é reto aos seus olhos, mas o Senhor sonda os corações."
Provérbios 21:2


11/12/2013

Como identificar se sua GESTAÇÃO é de RISCO?



Olá leitores e leitoras do blog enfermãe!!!

Hoje vamos conversar um pouco sobre como identificar se a mamãe está em uma situação de risco gestacional ou não...

A avaliação do risco não é tarefa fácil!!!

E porque devemos saber se há um RISCO GESTACIONAL?

Precisamos identificá-lo antes de o risco se transformar em uma situação definitivamente perigosa, tanto para a mamãe, quanto para o bebê, e tomar as devidas providências: orientações e encaminhamentos apropriados.

Caso você identifique algum desses riscos, avise imediatamente o profissional que está realizando seu pré-natal.

E se você ainda não estiver realizando o pré-natal, busque com urgência uma consulta e acompanhamento, mensal até antes de completar 8 meses, quinzenal no 8º mês e semanal no 9º mês. Além de outras consultas caso seja necessário.


CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS E CONDIÇÕES DESFAVORÁVEIS:

- IDADE DA GESTANTE: menor de 15 anos e maior de 35 anos de idade.

- SITUAÇÃO FAMILIAR: não aceitação da gravidez, gravidez precoce (adolescência), situação conjugal (insegura ou não casados)

- OCUPAÇÃO: carga horária intensa, rotatividade de horário, muito esforço físico, muito estresse, exposição a agentes físicos, químicos ou biológicos.

- ESCOLARIDADE: menos de 5 anos de estudo.

- PORTE FÍSICO: menor de 1,45m de altura, menor que 45 kg, ou maior que 75 kg.

- DEPENDÊNCIA:  de drogas ilícitas ou lícitas.

- CONDIÇÕES AMBIENTAIS: desfavoráveis.


HISTÓRIA REPRODUTIVA ANTERIOR (gestações anteriores):

- morte perinatal explicada ou não explicada.

- recém-nascido com história de restrição de crescimento, prematuro ou com malformação.

- abortamento habitual.

- esterilidade ou infertilidade.

- intervalo entre os partos menor de 2 anos ou maior de 5 anos.

- quantidade de filhos (nenhum ou vários).

- síndromes hemorrágicas.

- cirurgia uterina anterior.

- pré-eclâmpsia ou eclâmpsia.

- macrossomia fetal.


INTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS CRÔNICAS:

- cardiopatias (doença do coração).

- pneumopatias (doença do pulmão).

- nefropatias (doença dos rins).

- endocrinopatias (doença hormonal, principalmente diabettes mellitus).

- hemopatias (doença do sangue).

- hipertensão arterial com uso de medicamento (moderada ou grave).

- epilepsia.

- infecção urinária.

- doenças infecciosas (HIV, DST, hepatites, sífilis, toxoplasmose).

- doenças auto-imunes (lupus e outras colagenoses).

- ginecopatias (miomatose, tumores, malformação uterina e outros).


HISTÓRIA OBSTÉTRICA NA GRAVIDEZ ATUAL:

- crescimento uterino anormal.

- número de fetos (gêmeos, trigêmeos,...).

- volume de líquido amniótico anormal.

- trabalho de parto prematuro (menos de 37 semanas).

- gravidez prolongada (mais de 42 semanas).

- ganho de peso inadequado (mais de 500g por semana ou mais de 12 kg em toda a gravidez).

- pré-eclâmpsia ou eclâmpsia.

- aminiorrexe prematura (estourou a bolsa prematuramente).

- hemorragias na gestação.

- isoimunização.

- óbito fetal.


Se você se encaixar em qualquer uma dessas características ou mais, você pode estar em risco gestacional. Mas não se desespere, pois se você avisar o profissional que está fazendo seu pré-natal e cumprir com sua parte, seguindo as recomendações corretamente, tudo occorrerá bem...

É indispensável que essa avaliação SEJA CONSTANTE, DURANTE TODO PRÉ-NATAL, não somente na primeira consulta!!!


BIBLIOGRAFIA:
Manual técnico do Ministério da Saúde: Pré-natal e Puerpério. Atenção qualificada e humanizada.


É isso aí mamães, o segredo é se cuidar direitinho e não deixar de fazer o pré-natal o mais cedo possível...

Beijinhos e até a próxima...



09/12/2013

Justiça proíbe uso de andador infantil em todo Brasil!!





Olá leitores e leitoras do blog enfermãe!!!

A pouco tempo estive postando sobre o uso do andador por crianças. Inclusive colocando a opinião de dois profissionais, uma fisioterapeuta e uma pediatra.


E hoje venho trazer para vocês uma novidade, o início de uma briga judicial, que uma juíza do sul do Brasil assumiu...


Uma liminar da Justiça de Passo Fundo (RS) determinou a proibição da comercialização de andadores infantis em todo o país. Na decisão, a juíza Lizandra Cericato Villarroel destaca que nenhuma das marcas comercializadas estão dentro das normas do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e que "a natureza do produto se destina a bebês e crianças na fase de aprendizagem do ato de caminhar, portanto, em situação biológica de vulnerabilidade potencializada".

A decisão é em primeira instância e ainda cabe recurso. Os fabricantes dizem que vão recorrer.

A proibição do RS atende a uma solicitação de ação civil pública da Associação Carazinhense de Defesa do Consumidor, por solicitação do pediatra Rui Locatelli Wolf, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). No início do ano, uma campanha iniciada pela SBP foi lançada para coibir no país o uso do andador de bebês, com o objetivo de aumentar a proteção de crianças contra acidentes que, segundo os pediatras, podem ser ocasionados pelo uso do equipamento.

O andador infantil é um aparelho usado para ajusar bebês no aprendizado de andar. Compõe-se de estruturas rígidas, de formato variado – normalmente circulares –, dentro das quais fica o bebê, preso à estrutura por meio de tiras ou similares. A parte superior é construída de maneira a proporcionar apoio à criança, ao passo que a parte inferior é aberta ou mais larga, permitindo o movimento das pernas e dos pés. Um conjunto de rodas presas à estrutura possibilita o deslocamento do aparelho em diferentes direções.

Segundo o pediatra Danilo Blank, membro do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da SBP, o andador também pode retardar a atividade muscular da criança, "que fica pendurada, sem mexer a perna ou as articulações". "É um instrumento que não tem benefício e oferece risco grave de traumatismo", explicou o médico.

O Canadá é o único país onde os andadores são proibidos.

Bibliografia: (você pode conferir a matéria completa)


Fiquei muito feliz com essa decisão, apesar de ainda não ser algo definitivo, devido o direito dos fabricantes de entrarem com recurso... Mas já acredito que seja o primeiro passo, judicialmente falando, para proteger nossos pequeninos...

É isso aí pessoal... Beijinhos e até a próxima...

06/12/2013

SE O BEBÊ NÃO DORME, NINGUÉM DORME...


Olá leitores e leitoras do blog enfermãe!!!

Hoje venho trazer um assunto que atualmente sou expert, em noites e noites sem dormir...

Minha filha já está com quase 9 meses e eu e meu marido ainda não tivemos uma noite boa de sono desde que ela nasceu.

Quase todas as manhãs acordo dizendo que não aguento mais, que precisamos fazer alguma coisa. Mas sempre chegamos a conclusão que não conseguimos porque estamos muito cansados, não nos animamos de aplicar técnicas de livros, pois não queremos mais gastar o pouco de energia que nos resta ainda...

Não dormir trás muitos prejuízos à saúde. Assim como os nossos filhos precisam dormir para se desenvolver, nós também precisamos para descansar e ter energia para no dia seguinte fazer as atividades com saúde.

Conversamos com nossa pediatra, que disse que devemos fazer alguma coisa urgente. Nos passou algumas dicas, mas nenhuma perto de funcionar especificamente com a nossa pequenina.


Então recorremos aos livros, já estamos no terceiro. Passamos pela ENCANTADORA DE BEBÊS, depois pelo NANA NENÊ  e agora estamos no SOLUÇÕES PARA UMA NOITE SEM CHORO. Os dois primeiros não concordamos com as técnicas, já o último estamos gostando muito e provavelmente iremos seguí-lo se concordarmos até o fim com ele.

Chegamos a conclusão que erramos desde o início com nossa bebê. Nos preocupamos tanto com o enxoval e depois com os cuidados com a bebê e não pensamos em educá-la desde o início a ter uma boa noite de sono.


Sinceramente, nem passou pela nossa cabeça, porque por incrível que pareça ninguém ensina isso pra gente antes de o bebê nascer, só vamos atrás de informações sobre o assunto quando começamos a sofrer de tantas noites sem dormir.

Mas hoje a minha dica vai principalmente para as gestantes... Porque tenho certeza que se elas fizerem certinho desde o início, não precisarão passar pelo o que eu e muita gente passa, que não é nada fácil, muito pelo contrário, é desesperador não dormir por meses e meses a fio...

Mas tem algo que é comum em todos os livros, algumas dicas que não mudam nunca!!!


DICAS BÁSICAS:


  1. Você que é gestante, o mais importante de tudo é fazer isso desde o primeiro dia que a criança nasce, não deixe pra depois.
  2. TER ROTINA: a criança precisa se acostumar a ter horário para tudo, para acordar, para comer, para brincar, para mamar, para alimentar-se e para dormir. Tudo de acordo com cada idade. Então a mamãe precisa ser bem disciplinada. Para ajudar escreva os horários das atividades e coloque na porta da geladeira.
  3. SONECAS DO DIA: as sonecas do dia são extremamente importantes para o desenvolvimento das crianças. Mas é importante que seja na claridade, para que ela consiga diferenciar o sono do dia com o sono da noite. O bebê tem que acordar de bom humor, senão o soninho não foi o suficiente.
  4. FINAL DA TARDE: final da tarde é hora de começar a baixar os ânimos. Evitar visitas a noite. Falar mais baixo. Diminuir as luzes, fechando as janelas. Diminuir o som da tv. Não precisa ficar um silêncio total, mas o suficiente para o bebê entender que é para ficar mais calmo.
  5. BANHO: o melhor horário é no final da tarde, pois o banho acalma o bebê. Não tem problema nenhum para a saúde da criança, só tomar as devidas precauções.
  6. ALIMENTAÇÃO: quanto mais tarde for a alimentação do bebê melhor, ele ficará saciado e geralmente dormirá por mais tempo. De acordo com os seus horários de alimentação.   
  7. LOCAL DE DORMIR: na cama dos pais jamais!!! no máximo no berço que esteja do lado da cama dos pais, desde o primeiro dia de vida. Depois fica mais fácil de transferir para o quartinho com o berço que o bebê já está acostumado a dormir.
  8. AMIGUINHO: é preciso ter sempre junto do bebê um objeto que ele se apegue e saiba que pertence a esse momento, o momento de dormir. Por exemplo: amiguinho do berço, boneca de pano, paninho,...
  9. E regra de ouro: quando o bebê dormir, durma também se possível, seja dia ou noite!


Um bebê pode dormir "uma noite inteira", período de mais ou menos 6 horas seguidas, a partir dos 6 meses de idade. É possível, não quer dizer que todos são iguais...

Essas são dicas básicas para o soninho do bebê, as técnicas aguardem que um dia ainda escreverei sobre as que conheci através das leituras que estamos fazendo aqui em casa...

Boa sorte mamães e papais e bons sonhos!!!

Beijinhos e até a próxima...

 


02/12/2013

Desenvolvimento neuropsicomotor do bebê. Escrito pela fisioterapeuta Francielle Silvano Cardozo.


Olá leitores e leitoras do blog enfermãe!!!

Novamente a fisoterapeuta Francielle veio colaborar conosco com seus conhecimentos em relação ao desenvolvimento neuropsicomotor dos nossos bebês. E ela nos trouxe dicas essenciais para aprendermos!!!


Desenvolvimento Neuropsicomotor

Quando esses pequenos seres adentram nossos lares nós já não somos mais os mesmos, desde o ventre eles já operam profundas transformações em nosso ser. A mãe passa a ser muito mais instinto (sistema límbico), do que razão (neocortex) e o pai tenta compreender tudo sistemática e objetivamente, em vão. Há muito mais a sentir do que a entender.

E quando o bebê nasce um turbilhão de dúvidas, palpites, mitos, medos, incertezas assolam a nova família (e a cada filho que chega a família se torna uma nova família). Porque chora tanto? Será que é fome? Será que é dor? Será que é manha? Não quer sair do peito; não quer pegar o peito; não quer sair do colo; dorme demais, não dorme a noite... cólicas... refluxo...

E entre tantas perguntas e respostas detalhes passam despercebidos. E estamos aqui para falar sobre um deles: O desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM).


O DNPM do bebê vai depender da forma como o bebê é visto, principalmente pela mãe (ou quem exerce a função materna) que aproximadamente nos dois primeiros anos está emocionalmente fusionada a ele e lhe dá a referência do que ele mesmo é, depende também da forma como ele é tocado, manipulado e a quantidade e qualidade deste toque que precisa vir recheado com afeto e com o olhar materno amoroso.

O desenvolvimento do corpinho do bebê acontece em sentidos definidos, se inicia de cima para baixo, ou seja, da cabeça para os pés e do centro para a periferia, ou seja do meio do corpo para as extremidades (mãos e pés). E precisa ser assim, nesta ordem, sob o risco de graves deficiências motoras no futuro.

Ainda antes de obter o controle cervical, “firmar o pescocinho”, o bebê precisa aprender a “focar o olhar”, assim literalmente. Os bebês nascem com a visão turva, desfocada como no astigmatismo do adulto, e não por acaso ele consegue enxergar bem somente na distância de aproximadamente trinta centímetros, que é a distância do bico do seio aos olhos da mãe. Eles sentem-se muito atraídos pelos olhos humanos, buscam-os; por isso (e por muitos outros motivos já conhecidos) a amamentação precisa acontecer
em ambiente calmo, em livre demanda, e “olho no olho”, assim a musculatura ocular do bebê vai ganhando a capacidade de focar objetos cada vez mais distantes. Eles vêem poucas cores, distinguem o vermelho, azul, amarelo e verde. A qualidade dos primeiros dias de vida dos bebês é crucial neste sentido.

Quando nascem os bebês possuem um reflexo, chamado reflexo de extensão, que quando sentem uma pressão sob os pés eles ficam eretos, é muito comum ver pais impressionados dizendo: “que firmezinho, já quer ficar em pé, não gosta de ficar deitado!”, mas este reflexo desaparece por volta dos dois meses, e é importante que seja assim, este é o caminho do desenvolvimento motor normal.

Aí sim, firmam o pescocinho. Carregar o bebê de barriga para baixo com as mãos do cuidador sob o abdome do bebê com o rostinho virado para baixo favorece o fortalecimento desta musculatura, posicioná-lo de barriguinha para baixo sobre a cama também é uma excelente posição para que ele fortaleça toda a coluna vertebral e explore o ambiente (cuidado, dormir nesta posição é perigoso, ao dormir, sempre de barriga para cima).

Quando o controle do pescoço já está estabelecido o bebê começa a querer liberar os bracinhos debaixo do corpo para apoiar os cotovelos, de barriga para cima leva as mãos a boca e esta atividade é muito importante para o desenvolvimento neurológico, sob pena de severa lacuna cerebral caso seja impedida. O bebê começa a conhecer e identificar o próprio corpo e a sensibilidade na região da boca é muito grande, precisa receber estímulos com mordedores de diversas texturas. Lá pelo quarto mês, já tenta buscar objetos próximos com uma mãozinha e com seis meses esta função já está sendo executada com facilidade. É hora de adquirir um tapete de EVA, superfície macia, firme e isolante térmica para as peripécias do pequenino.

No quinto mês eles descobrem os pezinhos, levam-nos à boca, fazendo uma espécie de exercícios abdominais que os preparam para as etapas seguintes: rolar, a partir do quinto mês e sentar sem apoio, a partir do sexto.

Cada etapa deve ser incentivada e explorada ao máximo, quanto mais tempo o bebê se detiver em cada uma delas melhor será o desenvolvimento do seu corpo de adulto, sentar muito cedo, andar muito cedo pode não ser bom, visto que vários grupos musculares precisam estar trabalhados para que cada função possa ocorrer de forma madura, sem prejuízo futuro para a postura e motricidade fina.

Depois de rolar e sentar sem apoio nossa pessoinha começa a querer se deslocar, para eles é um ganho incrível de autonomia. O primeiro deslocamento é o “rastejamento militar”, a criança se arrasta com a barriguinha no chão, atividade que pode iniciar a partir do sétimo mês.

O engatinhar se inicia por volta do nono mês e é mais uma etapa fundamental, o bebê precisa do contato de quatro apoios com o chão, com a terra. Há um importante desenvolvimento da musculatura dos ombros e da coluna torácica que vão dar suporte à motricidade fina na idade escolar e à postura.Crianças que não tem boa motricidade fina, “letras feias”, falta de coordenação para atividades escolares, podem ter sofrido um déficit na fase do engatinhar.


O uso de andadores é absolutamente contra-indicado em qualquer fase, pois atrasa o desenvolvimento natural das etapas, até pulando etapas e ainda oferece risco de acidentes perigosos. Há países que proíbem o seu uso.

Não deve haver pressa para o desenvolvimento motor. O bebê não deve ser incentivado a andar cedo, essa necessidade virá naturalmente dele, ele sentirá quando estiver preparado. E para mães, pais e avós que estão aflitos porque seu bebê de um ano não anda, saibam, a caminhada pode estar estabelecida NORMALMENTE até os 18 meses da criança e a média de idade que os bebês começam a andar é de 16 meses, ou seja, bebês que andam sozinhos com um ano e três, quatro ou seis meses, podem ter uma motricidade global e fina, melhor que a dos que andaram com onze meses.

É importante conhecer as etapas normais do desenvolvimento motor para saber como estimular, ajudar, sem impedir o crescimento da criança e também para estar atentos a qualquer perturbação nesta ordem. A carteirinha da criança oferecida pelo governo contém estes e outros dados importantes a serem observados, tais como cuidados com amamentação, alimentação, linguagem...

Após engatinhar, o bebê vai passar a levantar-se apoiado em móveis e objetos, deslocar-se lateralmente nesta posição, liberar uma mão para alcançar objetos, agachar-se e por fim, andar, correr, pular, subir e descer escadas.


As dicas mais importantes para auxiliar os bebês no desenvolvimento motor são: olho no olho, muito colo, carregar em slings (observar a posição dos joelhos que deve ser sempre mais alta que o bumbum, sentado como um sapinho no carregador), massagens Shantala, Toque de Borboleta, carícias, carinhos e falar, conversar com o bebê sobre tudo, nomear objetos, avisar sobre o que se esta fazendo, nomear partes do corpo enquanto as toca no banho, nas massagens, explicar o que está ou irá acontecer em breve. Interagir e observar.

Os bebês demonstram de várias formas do que precisam e aos cuidadores cabe a tarefa de estar atentos e atender suas necessidades, mostrando-lhe um mundo acolhedor, capaz de suprir suas necessidades e tornar-lhe um adulto feliz.

Contato e comunicação são tão essenciais ao desenvolvimento da criança quanto o alimento, sob o risco de graves doenças físicas e mentais na falta de qualquer um destes itens.

E no mais, é curtir cada fase, que de tão curtas às vezes passam despercebidas e não voltam mais... Se bem vividas não deixam falta.




Bibliografia:



Forti-Bellani, Cláudia Diehl, and Luciana Vieira Castilho-Weinert. Desenvolvimento motor típico, desenvolvimento motor atípico e correlações na paralisia cerebral. Fisioterapia em Neurologia. Curitiba, PR: Omnipax(2011).
HALPERN, R. et al.Desenvolvimento neuropsicomotor aos 12 meses de idade em uma coorte de base populacional no Sul do Brasil: diferenciais conforme peso ao nascer e renda familiar. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 12(Supl.1):73-78, 1996
OLIVEIRA, Thelma de (Dra. Relva). O Livro da Maternagem:para mães, pais, cuidadores e doulas. São Paulo: Schoba, 2012.
VOLPI, J. H.; Volpi, S. M. Crescer é uma aventura! Desenvolvimento emocional segundo a psicologia corporal. Curitiba: Centro Reichiano, 2002.


Francielle Silvano Cardozo
Fisioterpeuta com formação em Uroginecologia
Sócia-Fundadora do Inanna Apoio Materno
franciellesc@gmail.com
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facebook: francielle Silvano Cardozo
facebook: inanna apoio materno
fone: 48 99099121


"Obrigada mais uma vez Francielle com a sua colaboração!!!
Bom, já me ajudou muito seus conhecimentos, acredito que ajudará muitas outras mamães também!!!
Parabésn pelo seu trabalho!!! Beijosssss..."