28/11/2013

Andador: ajuda ou atrapalha no desenvolvimento do bebê???


Olá leitores e leitoras do blog enfermãe!!!

Hoje trouxe para vocês um assunto que a pouco tempo atrás vinha discutindo com amigas e com profissionais sobre a utilidade do andador...

É também um assunto bem polêmico devido muitas opiniões divergentes...

Uns são totalmente contra, outros são totalmente a favor, e alguns permanecem em cima do muro.

A princípio eu era a favor, havia até colocado na minha lista de enxoval para minha bebezinha. Depois acabei ganhando um, muito lindinho por sinal, e sou grata também pelo carinho de quem deu para a minha filha, pois tenho certeza que essa pessoa não pensava que era prejudicial. Mas depois de ouvir a opinião de profissionais confiáveis e não comprados pelas indústrias, refleti e cheguei a conclusão de que realmente o andador não faria bem para minha filha.

O que acontece é que nós, mães, temos uma sensação muito boa quando utilizamos o andador. Quem carrega um bebê no colo o dia inteiro, muito pesado por sinal, sabe o descanso que é para nossos braços e coluna. Minha filha mesmo agora está pesando 10 kg, com apenas 8 meses, imaginem como eu não fico no final do dia, sem babá, sem vovó por perto, e ainda tendo várias atividades para fazer, não é nenhum pouco fácil...

Vejam na figura abaixo os riscos que os andadores podem provocar aos nossos filhos, também as vantagens no ponto de vista dos pais e das indústrias.


Agora, venho trazer duas opiniões, de profissionais especialistas na área, para que todos venham a refletir sobre o uso dele...

Vou começar pelo texto que recortei do facebook da pediatra da minha filha: 

ANDADOR PERIGOSO E DESNECESSÁRIO! 

É verdade que o andador confere independência à criança. Contudo, um dos maiores fatores de risco para traumas em crianças é dar independência demais numa fase em que ela ainda não tem a mínima noção de perigo. Colocar um bebê de menos de um ano num verdadeiro veículo que pode atingir a velocidade de até 1 m/s equivale a entregar a chave do carro a um menino de dez anos. Crianças até a idade escolar exigem total proteção.

O andador atrasa o desenvolvimento psicomotor da criança, ainda que não muito. Bebês que utilizam andadores levam mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio. Além disso, engatinham menos e têm escores inferiores nos testes de desenvolvimento.

O exercício físico é muito prejudicado pelo uso do andador, pois, embora ele confira mais mobilidade e velocidade, a criança precisa despender menos energia com ele do que tentando alcançar o que lhe interessa com seus próprios braços e pernas - Sociedade Brasileira de Pediatria. 


Postado pela Dra. Renata D. G. Leal, em 08/11/2013, www.facebook/drarenatadgleal .


E agora um recorte do texto sobre desenvolvimento neuropsicomotor escrito pela fisioterapeuta Francielle do Inanna Apoio Materno:

O uso de andadores é absolutamente contra-indicado em qualquer fase, pois atrasa o desenvolvimento natural das etapas, até pulando etapas e ainda oferece risco de acidentes perigosos. Há países que proíbem o seu uso.

Cada etapa deve ser incentivada e explorada ao máximo, quanto mais tempo o bebê se detiver em cada uma delas melhor será o desenvolvimento do seu corpo de adulto, sentar muito cedo, andar muito cedo pode não ser bom, visto que vários grupos musculares precisam estar trabalhados para que cada função possa ocorrer de forma madura, sem prejuízo futuro para a postura e motricidade fina.

Não deve haver pressa para o desenvolvimento motor. O bebê não deve ser incentivado a andar cedo, essa necessidade virá naturalmente dele, ele sentirá quando estiver preparado. 

E para mães, pais e avós que estão aflitos porque seu bebê de um ano não anda, saibam, a caminhada pode estar estabelecida NORMALMENTE até os 18 meses da criança e a média de idade que os bebês começam a andar é de 16 meses, ou seja, bebês que andam sozinhos com um ano e três, quatro ou seis meses, podem ter uma motricidade global e fina, melhor que a dos que andaram com onze meses.

É importante conhecer as etapas normais do desenvolvimento motor para saber como estimular, ajudar, sem impedir o crescimento da criança e também para estar atentos a qualquer perturbação nesta ordem. 

Francielle Silvano Cardozo
Fisioterpeuta com formação em Uroginecologia
franciellesc@gmail.com


Deixemos bem claro, que o mais importante e ideal para ajudar seu filho a se desenvolver bem, é você mesmo, com seus braços, pernas e incentivos!!!!

É isso aí pessoal... Beijinhos e até a próxima!!!


Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. Salmos 103:1


27/11/2013

PARTO HUMANIZADO. Escrito pela fisioterapeuta Francielle Silvano Cardozo e pela enfermeira Fernanada Cláudio do INANNA APOIO MATERNO.


Olá leitores e leitoras do blog enfermãe!!!

Voltei!!! Estive alguns dias ausente, pois estava me dedicando a um projeto profissional, que dentro em breve terei notícias boas para anunciar, se Deus quiser!!!

Mas nesses dias estive me comunicando com uma pessoa muito especial, que ainda só conheço virtualmente, a fisioterapeuta Francielle, que minha amiga Bruna Minotto me apresentou, para que juntas somássemos nossos esforços em prol da humanização da gestação, parto e puerpério!!!

Como a Fracielle me disse: um pouquinho só de consciência já pode fazer muito!!!

A Francielle, que é fisoterapeuta, e a Fernanda, que é enfermeira, trabalham no INANNA, que é uma empresa que presta serviços de orientação e apoio à gestação e maternidade e humanização de partos.

E elas contribuíram com esse material que fizeram para a escola de pais sobre parto humanizado.


PARTO HUMANIZADO:

Gestar, parir, maternar é a realidade das mulheres desde o início dos tempos, os corpos femininos foram lentamente esculpidos pela natureza para isto, no entanto estas tarefas tornaram-se desafiadoras nos tempos modernos. A gestação é fase de insegurança, conflitos conjugais e desconforto físico; parir é sinônimo de dor e medo e a maternagem é repleta de dúvidas, mitos e desafios que parecem insuperáveis.

A beleza e a riqueza que envolve estes momentos ficam relegadas a poesias e fotografias que servem de memória do que se sonhou.

Cabe nos perguntarmos onde homens e mulheres perderam o vínculo com o próprio corpo, com a própria existência, onde o parto natural deixou de ser natural e tornou-se loucura.

O Brasil possui um dos maiores índices de cesariana do mundo. A Organização Mundial de Saúde recomenda que as cesarianas não devam ultrapassar o limite de 15% do total de nascimentos, a partir desse percentual este tipo de parto já é considerado como um importante causador de morbidade e mortalidade materna. Em muitos municípios os partos cirúrgicos, tanto no atendimento público quanto privado ultrapassam 60% do total de partos.

A realidade obstétrica equivocada baseada mais em vantagens econômicas e aproveitamento de tempo do que no bem estar e saúde reais de mãe e bebês é denunciada por um alto índice de mortalidade materno infantil, falta de informação e conhecimento das mães e descontentamento com o atendimento, situações que pedem novas perspectivas e já apontam para a retomada ao parto natural, centrado na figura materna e assistido por profissionais qualificados para prestar um atendimento humanizado.

Um Parto Humanizado é aquele em que o ritmo da mãe e do bebê são respeitados. A assistência acontece de maneira que mantenha a identidade da mãe, respeite sua cultura e a torne protagonista do parto. Até uma cesariana pode ser humanizada, desde que seja realmente necessária. O parto humanizado tem o menor número de intervenções possíveis e todas as condutas dos profissionais que estão atendendo são baseadas em evidências científicas e nas recomendações da Organização Mundial da Saúde, como liberdade para a parturiente escolher a melhor posição para parir, sem corte do períneo, clampeamento tardio do cordão e se possível entregar o bebê imediatamente para a mãe e deixá-lo com ela para iniciar a amamentação minutos após o nascimento.

Como uma importante estratégia para reduzir a mortalidade materna e diminuir os índices de cesarianas, o Ministério da Saúde está implantando em todo país a Rede Cegonha. Esta política de saúde inclui a construção de Casas de parto, Casas de Gestante, Centros de Parto Normal, leitos de UTI adulto e neonatal, além de melhorias desde o pré-natal e transporte das mães no dia do parto, tudo através do Sistema Único de Saúde, Criciúma e região já tem seu plano de ação aprovado e organiza o início das obras de implantação, prevendo o início das atividades para 2014/2015.

Uma modalidade de parto humanizado se destaca, é o parto domiciliar planejado, assistido por uma equipe especializada ou por uma enfermeira obstetra tem três vezes menos chance de complicação que um parto hospitalar, porém no Brasil este tipo de parto não é financiado pelo SUS. A OMS reconhece que este tipo de parto é o ideal, pois a parturiente se sente segura, os riscos de infecção são quase nulos e o bebê não fica exposto às rotinas e intervenções desnecessárias.



Uma das intervenções mais prejudiciais, e que é rotina nos hospitais, consiste no uso de ocitocina sintética para acelerar o trabalho de parto. De fato a ocitocina sintética torna os partos mais rápidos, mas também provoca contrações muito mais fortes e dolorosas. A indicação real da ocitocina sintética se dá em casos de parada na evolução do período de dilatação do trabalho parto, que pode ser verificada com o uso de uma ferramenta simples chamada partograma, que apesar de muito eficiente e também recomendada pela OMS é pouco utilizada. Já a ocitocina natural, que junto com outros hormônios produzidos na hora do parto, também é conhecida como o coquetel do amor. Além de estar envolvida no trabalho de parto, ela também é responsável pelo prazer sexual e tem propriedades analgésicas. Uma pesquisa atual constatou que os bebês nascidos de um parto em que a produção de ocitocina natural esteve presente tornam-se indivíduos mais seguros emocionalmente e com mais capacidade de amar.

Diferente do que a maioria das pessoas pensam o parto domiciliar é menos doloroso, a parturiente tem liberdade de movimento, recebe técnicas naturais de alívio da dor e se sente muito mais segura tornando-se ativa, protagonizando o próprio parto. Ela percebe a capacidade nata de seu corpo gerar um novo ser e isso lhe traz um empoderamento que levará para o resto de sua vida.


Sobre o parto da Milena, que foi o primeiro parto domiciliar planejado ocorrido em Criciúma/SC, “quando as pessoas dizem que sou corajosa respondo que não é um caso de coragem, mas sim de informação e preparo. E quanto à dor, não tomei nenhum tipo de remédio alopático nem durante nem após o parto e posso dizer que é inevitável sentir algum tipo de dor, porém sofrer é opcional. Eu não sofri, vivenciei cada sensação do meu parto com muita felicidade e gratidão e posso dizer que até senti muito prazer, principalmente quando senti o corpinho da minha filha passando pelo canal”.

Num parto domiciliar todas as precauções de segurança são tomadas. A equipe especializada (composta por enfermeiras obstetras ou obstetrizes) iniciam um acompanhamento de pré-natal complementar ao do médico obstetra a partir do início do terceiro trimestre e no momento do parto desloca para o domicílio com todos os equipamentos necessários para suporte de vida e reanimação neonatal e adulto. Existe uma recomendação de que o domicílio deve ficar no máximo trinta minutos de um hospital de referência e sempre fica um médico obstetra de sobreaviso em caso de necessidade de transferência por alguma complicação e indicação de cesareana.

Para uma gestante ter seu bebê em casa ela deve ter uma gestação de baixo risco e o pré-natal deve indicar excelentes condições de saúde da mãe e do bebê.

As mulheres que tiverem interesse em ter seus bebês em casa devem procurar se informar em fontes científicas e seguras, buscar apoio em grupos de gestantes e contratar uma equipe especializada.


Como principais benefícios do parto domiciliar para a dupla mãe-bebê podemos citar:

* Menor risco de infecção e hemorragias;

* Melhor consolidação da amamentação;

* Maior vínculo entre mãe e filho e pai e filho;

* O clampeamento tardio do cordão permite que o bebê receba todo o sangue rico em ferro e hemoglobina da placenta prevenindo anemias e outras doenças do sangue;

* A mulher vivência o parto como um lindo ritual de empoderamento, reduzindo também a ocorrência de depressão pós-parto.

É importante que as mulheres se informem, busquem fontes seguras, profissionais especializados e ouçam sua própria intuição a respeito de como querem levar sua gestação, sua maternidade e que tipo de parto é mais benéfico, mais seguro e mais indicado.

Sabe-se que o momento do nascimento pode ser crucial na vida de um ser humano e quanto mais natural, mais preparado e amoroso for esse momento, tão maior será a felicidade dos indivíduos envolvidos, seja a mãe, o pai, e o próprio bebê.



REFERÊNCIAS:



OLIVEIRA, Thelma de (Dra. Relva). O Livro da Maternagem:para mães, pais, cuidadores e doulas. São Paulo: Schoba, 2012.
VOLPI, J. H.; Volpi, S. M. Crescer é uma aventura! Desenvolvimento emocional segundo a psicologia corporal. Curitiba: Centro Reichiano, 2002.
GUTMAN, L. A maternidade e o encontro com a própria sombra: o resgate do relacionamento entre mães e filhos. São Paulo: BestSeller, 2010. 319 p.

LEBOYER, Frederick. Nascer sorrindo. Brasiliense, 1992.




Francielle Silvano Cardozo
Fisioterpeuta com formação em Uroginecologia
Sócia-Fundadora do Inanna Apoio Materno 
franciellesc@gmail.com


Fernanada Cláudio
Enfermeira
Sócia-Fundadora do Inanna Apoio Materno 
fernanda.clau82@hotmail.com

facebook: Francielle Silvano Cardozo
facebook: Fernanda Claudio
facebook: inanna apoio materno

Telefone: 48 99099121. Criciúma-SC-Brasil.
inannaapoiomaterno@gmail.com


"Quero agradecer a colaboração da Francielle e da Fernanda que disponibilizaram esse texto. Espero que em breve possamos nos conhecer pessoalmente!! Já considero vocês nossas parceiras aqui do blog.  Lindo o trabalho de vocês. Quero ter a oportunidade ainda de ir à Criciúma para conhecer mais de perto...
Voltem sempre que puderem... Obrigada e um beijão..."




21/11/2013

NOÇÃO JURÍDICA sobre a guarda dos filhos. Escrito pela Advogada Gláucia Martinhago Borges.


NOÇÃO JURÍDICA: A Guarda dos filhos.


Olá novamente leitores e leitoras do blog Enfermãe. Hoje falaremos sobre os tipos de guarda dos filhos existentes na nossa legislação. 

Nem sempre os pais vivem juntos. Podem nunca ter vivido sobre o mesmo teto, mas terem tido filhos... podem ter sido casados, terem vivido em união estável, mas resolverem por bem se separar, mas filhos são para sempre e as obrigações com eles continuam, dia após dia. E é ai que surge o conceito de guarda.


Atualmente, temos dois tipos de guarda: a compartilhada e a unilateral. 

1. Guarda compartilhada: O código civil define que guarda compartilhada é “a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns”.

2. Guarda unilateral: Compreende-se por guarda unilateral, segundo o código civil, a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua. Será atribuída ao genitor que revele melhores condições para exercê-la e, objetivamente, mais aptidão para propiciar aos filhos os seguintes fatores: afeto nas relações com o genitor e com o grupo familiar; saúde e segurança; educação.

Os pais podem optar de maneira consensual (através de acordo) como será exercida a guarda do filho menor de idade: se apenas com um dos dois - unilateral, ou de forma compartilhada. 

Ou, caso não haja possibilidade de acordo (litigioso), o Juiz decidirá a forma que se dará a guarda. 

O que se leva em consideração é SEMPRE o melhor interesse da criança. Não é a conveniência dos pais, não é apenas condições financeiras, não é apenas como cada genitor é, mas sim o que será melhor para a criança em questão, num conjunto de fatores.

Acontece que para ser possível a guarda compartilhada é necessário que os pais tenham um mínimo de bom relacionamento, visto que se trata de responsabilização conjunta. É aquela em que há harmonia e concordância dos pais, diálogos abertos e constantes sobre o cotidiano do filho, para haverem concordâncias nas atitudes de um e de outro para com a responsabilidade e tomada de decisões sobre o mesmo, bem como nas alterações de residência. 

Na guarda compartilhada, com relação à moradia, o filho pode ficar um tempo na casa do pai e outro tempo na casa da mãe. Algumas pessoas dividem em tempo certos (duas semanas em um, duas semanas em outro), outras deixam livre para a criança ou adolescente decidir ou até mesmo deixam livre por acordo entre os pais (trocam ligações para combinar dias, etc.). 

Mas isso não quer dizer que obrigatoriamente a guarda compartilhada tenha alternância de residências. Pode-se optar por criar a rotina da criança ou adolescente apenas em uma moradia, mas ainda assim toda a responsabilidade, direitos e deveres serão divididos. Esta forma na verdade mostra-se a mais aceita dentro do judiciário, visto que assim o filho não perde suas referências de moradia, mas ao mesmo tempo desfruta tanto da companhia materna como da paterna, em um regime de visitação bastante amplo e flexível.


Isso não quer dizer que na guarda unilateral a responsabilidade é total, única e exclusiva de um genitor. Friso aos papais que é DEVER de ambos o sustento, a guarda e a educação dos filhos. Não sobrecarreguem um, não joguem a culpa exclusiva no outro por qualquer coisa. 

Não esqueçam seus filhos com o outro genitor – quem mais sofre nessa história é seu próprio filho e não seu ex-companheiro.

O código civil é claro, a guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a supervisionar os interesses dos filhos. Não é “deixar que o outro se vire sozinho”, afinal, o filho é dos dois. 

A guarda normalmente fixada quando há litígio é a unilateral, mas isso não quer dizer que a guarda unilateral não é sinônimo de que os genitores não se dão bem. Por acordo os pais podem também entender por melhor deixar a guarda unilateral para apenas um genitor, estabelecendo para o outro o direito de visitas.

O direito de visitas pode se dar de forma previamente fixada (exemplo: finais de semanas alternados e mais algum dia na semana) ou pode se dar de forma livre, desde que haja prévia comunicação entre os genitores e que não atrapalhe a rotina do filho (como horários que está na escola).

Lembro que o direito de visitas se estende também a qualquer dos avós.

Cabe ressaltar que o juiz pode verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da mãe e, nesse caso “deferirá a guarda à pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida, considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações de afinidade e afetividade”. 

Nenhuma medida com relação à guarda, visitas ou alimentos aos filhos é inalterável. Elas podem ser alteradas a qualquer tempo, seja por acordo entre as partes, seja por ação litigiosa, se houver a comprovação da real necessidade da mudança.

Enquanto a guarda definitiva não é resolvida na ação litigiosa, o Juiz fixa a guarda provisória a um dos genitores. Normalmente é para aquele que está com a guarda de fato, salvo casos comprovados que é necessária uma mudança brusca na guarda.

Gostaria de conscientizar as pessoas da grande importância de tentar se chegar a um acordo entre as partes principalmente quando o assunto envolve os filhos. Sei que muitas vezes o casal está saindo magoado do relacionamento, mas não se esqueçam, SEUS FILHOS NÃO TEM NADA HAVER COM ISSO. Eles necessitam tanto do amor da mãe quanto do pai. Não os envolvam em suas magoas, não os utilizem como escudos, não os joguem no meio da briga como “pingue-pongue” do casal. 


Ao contrário do que muitos pais pensam, os filhos sentem e muito quando os pais discordam sobre as tomadas de decisões dos mesmos. É muito triste ver as consequências que estas atitudes podem trazer a uma criança ou adolescente. 

Leitores, a justiça está cada vez mais “atolada” de processos. Uma ação judicial litigiosa pode levar ANOS para acabar. No final todos estamos desgastados com tantas brigas, discórdias, buscas incessantes de provas. Uma ação consensual leva meses.

Sei que existem vezes que não há como se chegar a um acordo. É normal, não se sintam diferentes ou pessoas ruins por isso. Mas se há a mínima chance de se chegar a um acordo, TENTEM! 


Lembro, também, que para entrar com qualquer uma dessas ações judiciais vocês necessitam de um advogado. Seja por acordo ou quando se faz necessário uma ação litigiosa. 

Se você não tem condições financeiras, pode procurar a defensoria pública de sua cidade ou região, ou até mesmo as casas da cidadania se sua cidade possuir. 

Gosto de frisar a importância de se procurar um profissional do direito para dirimir suas dúvidas. Principalmente um que trabalhe nesta área, visto que diante da grande extensão do direito, não é fácil saber tudo o tempo todo. 


Já vi muitas pessoas perderem ou deixarem de buscar seus direitos ou até mesmo acharem que tem mais direitos do que realmente tem porque “a vizinha falou, alguém disse, a reportagem confirmou, a novela da globo mostrou”... 

Lembrem-se, isto é direito dos filhos e dever dos pais.

Espero ter sido esclarecedora para vocês. Dentro desta discussão sobre os filhos, ainda há outras, como a pensão alimentícia dos mesmos, a alienação parental... o que devido a extensão desses e do tema tratado hoje, deixaremos para outra postagem.



Gláucia Martinhago Borges
Advogada OAB/SC 36479 
Criciúma-SC-Brasil
email: glauciaborges@icloud.com 
telefone (escritório): (48) 3437-8328 


"As crianças sofrem muito nesses casos, como deixou bem frisado a nossa advogada aqui.
Elas não merecem e são prejudicadas psico e emocionalmente, o que ás vezes traz muitas consequências no seu futuro. 
Portanto, os pais devem se preocupar e muito com o bem estar da criança nesse momento tão delicado. Talvez só saiba o quanto isso tudo é ruim quem já passou por isso.
Quero aproveitar para mais uma vez agradecer a Gláucia, que além de ser uma advogada muito dedicada, e uma escritora muito boa, é uma excelente irmã!!!
Te amo Gau e muito obrigada pela colaboração ao nosso blog!!!"

Beijinhos e até a próxima pessoal!!!

20/11/2013

VERÃO CHEGANDO: cuidados essenciais para as CRIANÇAS.



Olá leitores e leitoras do blog enfermãe!!!

Com o verão chegando todo mundo corre para a praia não é?! 

As crianças adoram brincar na areia e na água, isso é muito bom e saudável para eles mesmo!!!!

Mas precisamos lembrar de alguns cuidados essenciais para que a criança não venha a ter problemas especialmente no verão.

Os problemas para a criança são:


  1. insolação
  2. queimaduras
queimadura em criança


CUIDADOS ESSENCIAIS:
  • Não pegar sol no horário entre 10h e 16h.
  • Passar protetor solar.
  • Repor o protetor solar após os banhos de mar ou piscina.
  • Utilizar roupas adequadas, confortáveis e fresquinhas.
  • Utilizar chapéu.
  • Utilizar óculos de sol com proteção ultravioleta, para crianças maiores.
  • Cuidado ao ficar na areia e perto de água, pois a queimadura é maior.
  • Procurar andar na sombra sempre que possível.
  • Hidratar-se bastante, com água e sucos, não com refrigerantes (pois fazem mal para as crianças).
  • Comer bastante frutas frescas, ao invés de picolés de chocolates e afins.
  • Os bebês que ainda amamentam podem chupar picolé de leite materno.
minha filhinha se esbaldando na melancia

O ideal de exposição ao sol recomendado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) são três sessões semanais de quinze minutos cada, dose suficiente para desencadear a produção de vitamina D no organismo. Essa vitamina serve para absorver o cálcio que atua nos nervos, nos músculos e, principalmente, nos ossos. A falta de cálcio deixa os ossos fracos.



LEMBRETES:

  • Nenhum bebê deve se expor ao sol por tempo prolongado antes dos 6 meses de idade.
  • Desde o nascimento, o bebê deve pegar sol todos os dias somente por no máximo 15 minutos, em horário adequado.
  • O protetor solar só deve ser usado A PARTIR DOS 6 MESES  de idade.
  • O protetor solar da criança deve ser adequado (com proteção contra raios ultravioletas A e B) e com fator alto de proteção de no mínimo 15.

NOVIDADE:

  • Hoje em dia existem protetores solares coloridos que dão uma noção da área do corpo coberta pelo protetor, para as mamães saberem se passaram em todo corpo corretamente.
  • Fraldas a prova dágua já são vendidas nas farmácias. Quando você coloca o bebê na piscininha ou no mar com a fralda normal ela tende a inchar, pois o gel que absorve a urina também absorve a água. Já essas fraldas especiais são impermeáveis e duram bastante tempo dentro da água.
 


minha filhinha na piscininha dentro de casa brincando - com a fralda impermeável embaixo do maiô.

"Não existe bronzeamento saudável. O bronzeado é apenas uma demonstração de que o organismo está tentando se defender contra a agressão do sol à pele", alerta Carlos Eduardo (chefe do serviço de dermatologia do Inca).


É isso aí pessoal. Vamos cuidar direitinho das nossas crianças. Beijinhos e até a próxima...



O Senhor abre os olhos aos cegos; o Senhor levanta os abatidos; o Senhor ama os justos; Salmos 146:8

18/11/2013

VERÃO CHEGANDO: cuidados essenciais para as GESTANTES.




Olá leitores e leitoras do blog enfermãe!!!


Com o sol e o calor aparecendo dá muita vontade de botar o barrigão pra pegar aquele solzinho...

Mas apesar de seus benefícios, as gestantes devem tomar alguns cuidados que são essenciais à sua saúde e de seu bebê.



O que o sol pode causar nas gestantes:

  1. aumento das manchas da gravidez
  2. deixar mais escuras as regiões que são hiperpigmentadas durante a gestação
  3. queimaduras
  4. insolação
  5. câncer de pele


O câncer de pele não está entre os mais letais. Geralmente, a doença causa deformidades desagradáveis como feridas próximas aos olhos e cicatrizes que permanecem mesmo após o tratamento. Esse tipo de câncer é mais comum após os 40 anos de idade, pois o efeito do sol é acumulativo. Pessoas de pele e olhos claros são as mais vulneráveis ao desenvolvimento da doença.


CUIDADOS ESSENCIAIS:



  • Não pegar sol no horário entre 10h e 16h.
  • Passar protetor solar todos os dias, mesmo se não for à praia.
  • Utilizar roupas adequadas, confortáveis e fresquinhas.
  • Utilizar chapéu.
  • Utilizar óculos de sol com proteção ultravioleta.
  • Cuidado ao ficar na areia e perto de água, pois a queimadura é maior.
  • Procurar andar na sombra sempre que possível.
  • Pode tomar banho de mar, mas cuidado com as ondas. Procurar permanecer no raso e quando a onda quebrar virar de costas.
  • Na piscina é recomendado relaxar, se for para se exercitar procure um profissional. Proibido saltos, mergulhos de cabeça e movimentos bruscos.
  • Repor o protetor solar após os banhos.
  • Cuidar com o calor, pois ele provoca vasodilatação, o que aumenta o inchaço no corpo; além de tonturas e mal estar.
  • Não comer comidas de ambulantes na beira da praia, o intestino da gestante tem um ritmo mais lento e fora o risco de intoxicações. Prefira frutas frescas.
  • A gestante deve se hidratar bastante. Tomando água principalmente.
  • .Evitar ficar de biquini molhado, pois além do risco de proliferação de fungos, infecção urinária na gestação é muito perigoso.
  • Cuidado com o bronzeado, pois a pele da gestante é muito sensível.
  • As praias geralmente baixam a pressão arterial, o que pode provocar desmaios, procure não permanecer na praia sozinha.
  • Não é indicado viajar no último mês de gestação. Evite sair de sua cidade, a não ser que você já more na praia.

O ideal de exposição ao sol recomendado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) são três sessões semanais de quinze minutos cada, dose suficiente para desencadear a produção de vitamina D no organismo. Essa vitamina serve para absorver o cálcio que atua nos nervos, nos músculos e, principalmente, nos ossos. A falta de cálcio deixa os ossos fracos.





É isso aí pessoal... Beijinhos e até a próxima!!!



E eis que estava ali uma mulher que tinha um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; e andava curvada, e não podia de modo algum endireitar-se. E, vendo-a Jesus, chamou-a a si, e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade. E pôs as mãos sobre ela, e logo se endireitou, e glorificava a Deus. Lucas 13:11,12,13

14/11/2013

É possível amamentar gêmeos???


Olá leitores e leitoras do blog enfermãe!!!

Surgiu essa dúvida nos cursos para casais grávidos da Lasanday, por isso vamos falar um pouquinho sobre o assunto!!!

Para as mamães que se perguntam: é possível amamentar dois ao mesmo tempo? A resposta é sim. Inicialmente, é importante que a mãe conte com o apoio de profissionais da saúde e/ou da família, buscando posicionar as crianças no seio materno. 


Para esclarecer questões nessa área, confira a entrevista realizada com a enfermeira do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Elizabeth Crivaro.

Mães de gêmeos produzem leite suficiente para dois?

Geralmente a amamentação de gêmeos é motivo de preocupação. A natureza, sempre sábia, possibilitou à mulher mais de um peito e uma produção de leite materno que geralmente vai além do consumo de um só bebê. Portanto, mães de gêmeos produzem leite suficiente para seus bebês.

Mulheres que amamentam gêmeos produzem mais leite que as que amamentam apenas um bebê?

A produção de leite materno está relacionada ao consumo, ou seja, quanto mais o bebê suga, mais leite se produz. Dessa forma, a mulher que tem mais de um filho produzirá conforme a necessidade de seus bebês.

É possível amamentar os bebês ao mesmo tempo?

Sim. Em geral, a recomendação de amamentar os bebês ao mesmo tempo é muito útil para que a mulher possa ganhar tempo para outras atividades ou mesmo descanso, já que essa prática favorece que as crianças também durmam ao mesmo tempo.

Para adquirir a habilidade de amamentar mais de um bebê ao mesmo tempo é importante que a mulher tenha, inicialmente, um apoio de profissionais da saúde e/ou da família no sentido de ser ajudada a posicionar as crianças no seio materno. Com o decorrer do tempo fica mais fácil a amamentação simultânea, pois a mulher vai ganhando segurança e destreza para fazê-la sem ajuda.

Como administrar a amamentação de gêmeos?

Como toda amamentação, para que tenha sucesso, a amamentação de gêmeos também requer tempo, dedicação, informação, incentivo e apoio oportuno por parte da família, de amigos, de médicos, de enfermeiros, de técnicos de enfermagem e demais profissionais da saúde. Conversar com a equipe da saúde para esclarecer dúvidas e ouvir mais sobre a experiência da amamentação de gêmeos é fundamental.

Ao amamentar gêmeos, a cada mamada vale alternar os seios para cada criança, tendo em vista as possibilidades de diferenças entre as mamas de produção láctea e de mamilos. Esta prática também é importante para que o bebê alterne o posicionamento de mamar. 

Em caso de trigêmeos ou mais, é necessário realizar um rodízio onde cada bebê tenha oportunidade de sugar e de aproveitar o leite materno em diferentes momentos.
Em caso de dificuldade para amamentar ambos ao mesmo tempo (ou trigêmeos), recomenda-se que a mulher retire o seu leite e (outra pessoa) ofereça em um copinho para o bebê que não estiver sendo amamentado naquele momento.

Em caso de gêmeos que necessitam de internação neonatal e não podem ser amamentados logo após o nascimento, é importante que a mulher retire o leite a cada três horas para manter a produção de leite e para alimentar (ou enviar ao banco de leite humano) para o próprio filho.

Gêmeos precisam de complemento?

Em geral, quando a mulher é bem orientada, apoiada e se sente segura, o complemento não é necessário.


Fonte: 

Por: Daniela Savaget / IFF Fiocruz




E agora um relato de uma mãe de gêmeos:

Relato de Amamentação – Sílvia Motta, mãe dos gêmeos Gabriel e Pedro

"Meus bebês ficaram na UTI, um por 12 dias e outro por 18 dias. Esse período foi um tormento. Só comecei a fazer a estimulação no lactário 48h após o parto. Saía pouco leite, mas tirava tudo o que podia pra dar para os meninos (na CHUQUINHA) porque nos primeiros dias eles estavam na tal dieta zero (só soro glicosado na veia) e não deixavam eu dar o peito. Eles só começaram a tomar o leite artificial (LA) e leite materno ordenhado (LMO) com 3 dias de nascidos. Além disso, o lactário da maternidade só fica aberto de 08h às 20h e eu não podia dormir lá pra ordenhar de madrugada quando o peito enchia mais. Assim que liberaram pra eu dar o peito, aproveitei todas as mamadas que podia, mesmo assim tomaram muito leite artificial até ir pra casa. O Gabriel, que saiu primeiro da UTI, teve uma pegada ótima desde o começo e sempre foi fominha, então mamava uns 30min no peito e mais a chuquinha. Engordou rapidinho. O Pedro, que nasceu magrinho, demorou mais pra pegar o peito porque os pediatras da UTI diziam que ele ia perder peso e só na chuquinha engordaria mais rápido (que ódio desses pediatras!!!). Pois bem, assim que elecomeçou a ganhar peso na chuquinha, passei a dar o peito por conta e risco além do LA, porque ameaçavam voltar na alimentação por sonda se não tomasse o complemento e ele NÃO perdeu peso! A pega dos dois sempre foi boa, mas o Pedro acabou ficando meio preguiçoso pra mamar no peito quando teve alta. Então em casa foi "tratamento de choque" ou era peito ou ficaria com fome. Com isso ele perdeu 15g nos primeiros 10 dias em casa, mas ficou esperto rapidinho e ao longo do mês que se passou engordou 1,200kg e o Gabriel engordou 1,400kg nesse mesmo período. E seguem mamando muuuuiiittto!Na consulta pediátrica de 3 meses engordaram 1,150kg e 1,300kg. Não fiz preparação nenhuma no peito durante a gravidez – tomar sol, esfregar toalha ou bucha vegetal, passar pomada, etc - mas me informei sobre a pega correta, massagem, ordenha... Assim, não tive fissuras. O mamilo direito teve uma leve esfoladinha no começo e nesse caso eu passei meu próprio leite durante um dia inteiro e só dei o peito esquerdo para os meninos esse dia. Foi o suficiente para cicatrizar. Sempre que pegavam o peito errado eu interrompia a mamada, acertava e prosseguia. Depois disso não tive absolutamente nenhum problema dessa ordem. Com 2,5 meses e com o calorão aqui do RJ, eles estavam mamando quase que de hora em hora. No fim do dia, minha produção diminuia bastante. Então a Bianca Balassiano me orientou a usar a sonda (relactador). Aluguei uma bomba elétrica, ordenho de madrugada quando o peito vaza de tanto leite e estoco. À noite, deixo eles mamarem no peito até começarem a reclamar do pouco leite e então complemento com o LMO na sonda. Nessa brincadeira meus filhotes estão dormindo +/- 6h seguidas pra alegria geral da família! Depois de usar a sonda por 3 semanas minha produção aumentou e o Pedro já não toma mais o complemento de LMO. O Gabriel ainda toma 100ml e depois pega o peito de novo até dormir. Como estão dormindo bem, continuo ordenhando de madrugada e agora tiro de 200 a 300ml. Ou seja, está sobrando leite!Assim, vou começar a DOAR o excedente para o Instituto Fernandes Figueira. É preciso ter muita confiança em si mesma, pois o corpo sabe o que fazer pra alimentar dois bebês. Também é importante ter informação de qualidade e perseverança para não sucumbir à pressão de dar leite artificial na mamadeira na primeira dificuldade ou porque amamentar 2 exclusivamente no peito e em livre demanda dá muito trabalho e cansa. O apoio da família é fundamental. Delegue todas as tarefas que puder. Aceite toda ajuda que oferecerem e se não oferecerem, peça! Comer bem, beber bastante líquido e descansar sempre que possível é essencial. É bom conversar com os filhos pra resolverem juntos as dificuldades. O Pedro dormia muito no 
começo e eu nunca conseguia dar mamá pra ele sozinho porque o Gabriel sempre estava pendurado no peito quando ele acordava. Então expliquei que teria que acordar mais vezes em horário diferente do irmão pra ter a mamãe só pra ele. No dia seguinte já tinha atendido a minha solicitação! Também falava pra ele abrir o bocão pra abocanhar o peito corretamente e mamar bem logo que saiu da UTI e estava na fase da “preguiça”, também funcionou e até hoje, quando está meio enjoadinho e demora pra pegar o peito, peço pra abrir o bocão e ele pega o peito direito...rs Agradeço muito a Deus por essas duas bênçãos que me deu e amamentar esses pimpolhos e vê-los crescer com saúde é minha maior alegria. É uma dedicação que vale muito a pena!" Rio de Janeiro, 26/04/2012


Fonte:




Algumas posições que as mamães podem fazer para amamentar os gêmeos!!!


E para quem lê em inglês, indico fortemente o livro: Mothering Multiples: Breastfeeding & Caring for twins or more, de Karen Kerkhoff Gromada.



Bom pessoal, possível é sim, mas requer muita força de vontade e ajuda dos mais próximos principalmente!!!

Lembrem-se que o leite materno é o melhor e mais completo alimento para seus filhos.

Como diz aquele filme: "no pain no gain", ou seja, sem esforço não há ganho!!!

É isso aí, beijinhos e até a próxima!!!




Porque Deus ordenou, dizendo: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, certamente morrerá. Mateus 15:4

11/11/2013

Anticoncepção pós-parto: quando, como, qual...



Olá leitores e leitoras do enfermãe!!!



Qual o momento certo para retornar a atividade sexual?

Qual o momento certo para começar a utilizar anticoncepcional?
Qual anticoncepcional devo utilizar?
A amamentação é um método anticoncepcional?


O período pós-parto é marcado por uma transição da mulher e sua família, no qual ocorrem ajustes físicos (retorno ao estado pré-gravídico) e psicossociais (novo membro na família).


Apesar do método contraceptivo da lactação-amenorréia (sem menstruação) representar um método eficaz de prevenção de gestação, o retorno à fertilidade é impreciso.



Uma adequada contracepção no puerpério é recomendada para prevenir morbidades maternas e infantis. 



Fisiologicamente, o retorno da ovulação, pós-parto, ocorre em torno de 27 dias em mulheres que não estão amamentando. Naquelas em aleitamento, este intervalo é variável e pode ser ampliado por vários meses, enquanto o recém-nascido (RN) se encontrar em amamentação exclusiva. Assim, a duração da infertilidade provocada pela amamentação é imprevisível e não há maneira de prever sua ocorrência. 



Os benefícios materno-fetais da lactação são indiscutíveis e a amamentação exclusiva em pacientes amenorréicas é um método contraceptivo eficaz. No entanto, o reinício da fertilidade é variável entre as mulheres e deve-se considerar que o acesso ao serviço de saúde em muitas regiões não é garantido, comprometendo a prescrição de um método eficaz, quando ocorre o retorno dos ciclos ovulatórios. 



Curtos intervalos intergestacionais aumentam complicações maternas e fetais, portanto uma contracepção eficaz no puerpério é imperiosa. 



Estudos mais recentes sugerem um intervalo intergestacional ideal de três a cinco anos, com melhora na saúde e na sobrevivência materna e infantil.



O ideal é que o método prescrito seja eficaz e seguro (não interfira na lactação e nem altere o sistema hemostático).  



Os métodos não hormonais devem ser a primeira escolha no puerpério, por não interferirem na lactação ou no sistema hemostático, porém deve-se ter sempre o bom senso de avaliar a preferência da paciente e seu possível grau de aderência a estes métodos.



Os métodos não hormonais são: amamentação, preservativo masculino, preservativo feminino, diafragma, DIU.




Depois a opção hormonal são os anticoncepcionais orais, o SIU, o adesivo, o implante, o anel intravaginal.

Os anticoncepcionais orais são os mais comuns, as famosas pílulas.

O S.I.U. (sistema intrauterino) que tem a forma de um DIU, mas possui hormônios. Permanece por 5 anos dentro do útero da mulher. Colocado somente por ginecologistas. E geralmente a mulher fica sem menstruar neste período todo. 
Não foi o meu caso, coloquei o SIU, da marca mirena, fiquei por 2 anos, mas no primeiro ano tive alguns sangramentos, não me adaptei bem, mas conheço algumas pessoas que se adaptaram. Depois que eu tirei tive facilidade de engravidar, mas conheci algumas mulheres que demoraram um pouco mais, por volta de 1 a 2 anos para engravidar.

O adesivo é colocado na pele, tem que ser trocado mensalmente. O problema que eu vejo nele é que a pele ás vezes fica cheio de cola.

O implante é colocado na parte interna do braço, por 3 anos. Mas conversei com vários ginecos que disseram que pela experiência deles só viram as mulheres sangrarem mais, não indicando o uso, pois as mulheres tem vontade de colocá-lo pela promessa do produto de suspender a menstruação por esse tempo.

O anel intravaginal é colocado em volta do colo uterino, mensalmente trocado, pela própria mulher. Mas a mulher tem que se conhecer bastante e ter a certeza que colocou corretamente. Conheci pessoas que se adaptaram muito bem ao método.


É importante que vocês saibam que durante a amamentação a mamãe não pode tomar o mesmo anticoncepcional que utilizava antes de engravidar, pois os que devem ser usados são alguns específicos para a lactação, para que não influencie da produção de leite.



Existe também o método definitivo, que é a laqueadura tubária, mas isso é assunto para um outro post...



Importantíssimo que 30 dias após seu parto, no máximo (antes de retornar a vida sexual), a mamãe faça um retorno ao seu médico ou obstetra e solicite um método adequado, pois cada caso é um caso. Ás vezes o que serviu para a amiga, vizinha, ou parente, não serve para você.


Caso você não consiga agendar uma consulta a tempo, garanta com no mínimo preservativos, comprando em farmácias ou mercados, ou procurando com a equipe de enfermagem do seu posto de saúde.


Sobre o retorno da vida sexual confiram os post especificos sobre este assunto já postados anteriormente...




É isso aí pessoal, beijinhos e até mais!!!




fonte:





Não temas, ó terra: regozija-te e alegra-te, porque o Senhor fez grandes coisas. Joel 2:21