11/11/2013

Anticoncepção pós-parto: quando, como, qual...



Olá leitores e leitoras do enfermãe!!!



Qual o momento certo para retornar a atividade sexual?

Qual o momento certo para começar a utilizar anticoncepcional?
Qual anticoncepcional devo utilizar?
A amamentação é um método anticoncepcional?


O período pós-parto é marcado por uma transição da mulher e sua família, no qual ocorrem ajustes físicos (retorno ao estado pré-gravídico) e psicossociais (novo membro na família).


Apesar do método contraceptivo da lactação-amenorréia (sem menstruação) representar um método eficaz de prevenção de gestação, o retorno à fertilidade é impreciso.



Uma adequada contracepção no puerpério é recomendada para prevenir morbidades maternas e infantis. 



Fisiologicamente, o retorno da ovulação, pós-parto, ocorre em torno de 27 dias em mulheres que não estão amamentando. Naquelas em aleitamento, este intervalo é variável e pode ser ampliado por vários meses, enquanto o recém-nascido (RN) se encontrar em amamentação exclusiva. Assim, a duração da infertilidade provocada pela amamentação é imprevisível e não há maneira de prever sua ocorrência. 



Os benefícios materno-fetais da lactação são indiscutíveis e a amamentação exclusiva em pacientes amenorréicas é um método contraceptivo eficaz. No entanto, o reinício da fertilidade é variável entre as mulheres e deve-se considerar que o acesso ao serviço de saúde em muitas regiões não é garantido, comprometendo a prescrição de um método eficaz, quando ocorre o retorno dos ciclos ovulatórios. 



Curtos intervalos intergestacionais aumentam complicações maternas e fetais, portanto uma contracepção eficaz no puerpério é imperiosa. 



Estudos mais recentes sugerem um intervalo intergestacional ideal de três a cinco anos, com melhora na saúde e na sobrevivência materna e infantil.



O ideal é que o método prescrito seja eficaz e seguro (não interfira na lactação e nem altere o sistema hemostático).  



Os métodos não hormonais devem ser a primeira escolha no puerpério, por não interferirem na lactação ou no sistema hemostático, porém deve-se ter sempre o bom senso de avaliar a preferência da paciente e seu possível grau de aderência a estes métodos.



Os métodos não hormonais são: amamentação, preservativo masculino, preservativo feminino, diafragma, DIU.




Depois a opção hormonal são os anticoncepcionais orais, o SIU, o adesivo, o implante, o anel intravaginal.

Os anticoncepcionais orais são os mais comuns, as famosas pílulas.

O S.I.U. (sistema intrauterino) que tem a forma de um DIU, mas possui hormônios. Permanece por 5 anos dentro do útero da mulher. Colocado somente por ginecologistas. E geralmente a mulher fica sem menstruar neste período todo. 
Não foi o meu caso, coloquei o SIU, da marca mirena, fiquei por 2 anos, mas no primeiro ano tive alguns sangramentos, não me adaptei bem, mas conheço algumas pessoas que se adaptaram. Depois que eu tirei tive facilidade de engravidar, mas conheci algumas mulheres que demoraram um pouco mais, por volta de 1 a 2 anos para engravidar.

O adesivo é colocado na pele, tem que ser trocado mensalmente. O problema que eu vejo nele é que a pele ás vezes fica cheio de cola.

O implante é colocado na parte interna do braço, por 3 anos. Mas conversei com vários ginecos que disseram que pela experiência deles só viram as mulheres sangrarem mais, não indicando o uso, pois as mulheres tem vontade de colocá-lo pela promessa do produto de suspender a menstruação por esse tempo.

O anel intravaginal é colocado em volta do colo uterino, mensalmente trocado, pela própria mulher. Mas a mulher tem que se conhecer bastante e ter a certeza que colocou corretamente. Conheci pessoas que se adaptaram muito bem ao método.


É importante que vocês saibam que durante a amamentação a mamãe não pode tomar o mesmo anticoncepcional que utilizava antes de engravidar, pois os que devem ser usados são alguns específicos para a lactação, para que não influencie da produção de leite.



Existe também o método definitivo, que é a laqueadura tubária, mas isso é assunto para um outro post...



Importantíssimo que 30 dias após seu parto, no máximo (antes de retornar a vida sexual), a mamãe faça um retorno ao seu médico ou obstetra e solicite um método adequado, pois cada caso é um caso. Ás vezes o que serviu para a amiga, vizinha, ou parente, não serve para você.


Caso você não consiga agendar uma consulta a tempo, garanta com no mínimo preservativos, comprando em farmácias ou mercados, ou procurando com a equipe de enfermagem do seu posto de saúde.


Sobre o retorno da vida sexual confiram os post especificos sobre este assunto já postados anteriormente...




É isso aí pessoal, beijinhos e até mais!!!




fonte:





Não temas, ó terra: regozija-te e alegra-te, porque o Senhor fez grandes coisas. Joel 2:21