11/12/2013

Como identificar se sua GESTAÇÃO é de RISCO?



Olá leitores e leitoras do blog enfermãe!!!

Hoje vamos conversar um pouco sobre como identificar se a mamãe está em uma situação de risco gestacional ou não...

A avaliação do risco não é tarefa fácil!!!

E porque devemos saber se há um RISCO GESTACIONAL?

Precisamos identificá-lo antes de o risco se transformar em uma situação definitivamente perigosa, tanto para a mamãe, quanto para o bebê, e tomar as devidas providências: orientações e encaminhamentos apropriados.

Caso você identifique algum desses riscos, avise imediatamente o profissional que está realizando seu pré-natal.

E se você ainda não estiver realizando o pré-natal, busque com urgência uma consulta e acompanhamento, mensal até antes de completar 8 meses, quinzenal no 8º mês e semanal no 9º mês. Além de outras consultas caso seja necessário.


CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS E CONDIÇÕES DESFAVORÁVEIS:

- IDADE DA GESTANTE: menor de 15 anos e maior de 35 anos de idade.

- SITUAÇÃO FAMILIAR: não aceitação da gravidez, gravidez precoce (adolescência), situação conjugal (insegura ou não casados)

- OCUPAÇÃO: carga horária intensa, rotatividade de horário, muito esforço físico, muito estresse, exposição a agentes físicos, químicos ou biológicos.

- ESCOLARIDADE: menos de 5 anos de estudo.

- PORTE FÍSICO: menor de 1,45m de altura, menor que 45 kg, ou maior que 75 kg.

- DEPENDÊNCIA:  de drogas ilícitas ou lícitas.

- CONDIÇÕES AMBIENTAIS: desfavoráveis.


HISTÓRIA REPRODUTIVA ANTERIOR (gestações anteriores):

- morte perinatal explicada ou não explicada.

- recém-nascido com história de restrição de crescimento, prematuro ou com malformação.

- abortamento habitual.

- esterilidade ou infertilidade.

- intervalo entre os partos menor de 2 anos ou maior de 5 anos.

- quantidade de filhos (nenhum ou vários).

- síndromes hemorrágicas.

- cirurgia uterina anterior.

- pré-eclâmpsia ou eclâmpsia.

- macrossomia fetal.


INTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS CRÔNICAS:

- cardiopatias (doença do coração).

- pneumopatias (doença do pulmão).

- nefropatias (doença dos rins).

- endocrinopatias (doença hormonal, principalmente diabettes mellitus).

- hemopatias (doença do sangue).

- hipertensão arterial com uso de medicamento (moderada ou grave).

- epilepsia.

- infecção urinária.

- doenças infecciosas (HIV, DST, hepatites, sífilis, toxoplasmose).

- doenças auto-imunes (lupus e outras colagenoses).

- ginecopatias (miomatose, tumores, malformação uterina e outros).


HISTÓRIA OBSTÉTRICA NA GRAVIDEZ ATUAL:

- crescimento uterino anormal.

- número de fetos (gêmeos, trigêmeos,...).

- volume de líquido amniótico anormal.

- trabalho de parto prematuro (menos de 37 semanas).

- gravidez prolongada (mais de 42 semanas).

- ganho de peso inadequado (mais de 500g por semana ou mais de 12 kg em toda a gravidez).

- pré-eclâmpsia ou eclâmpsia.

- aminiorrexe prematura (estourou a bolsa prematuramente).

- hemorragias na gestação.

- isoimunização.

- óbito fetal.


Se você se encaixar em qualquer uma dessas características ou mais, você pode estar em risco gestacional. Mas não se desespere, pois se você avisar o profissional que está fazendo seu pré-natal e cumprir com sua parte, seguindo as recomendações corretamente, tudo occorrerá bem...

É indispensável que essa avaliação SEJA CONSTANTE, DURANTE TODO PRÉ-NATAL, não somente na primeira consulta!!!


BIBLIOGRAFIA:
Manual técnico do Ministério da Saúde: Pré-natal e Puerpério. Atenção qualificada e humanizada.


É isso aí mamães, o segredo é se cuidar direitinho e não deixar de fazer o pré-natal o mais cedo possível...

Beijinhos e até a próxima...